COLUNA DA LELA


GRÊMIO: O REPETECO DA MESMICE

Terça-feira, 13/05/2025, 22h05min - Foto: Divulgação GRÊMIO: O REPETECO DA MESMICE

Empatar em casa contra o Godoy Cruz, pela Copa Sul-Americana, mantendo a segunda colocação no grupo e garantindo vaga no mata-mata, parece, à primeira vista, um resultado aceitável. Mas, como sempre, o placar esconde a verdadeira crise silenciosa no Grêmio: o futebol segue pobre, arrastado e desorganizado.

Começar essa coluna escrevendo pela milionésima vez que o Grêmio segue com o mesmo problema na organização de meio campo, não consegue volume naquela parte do gramado.

No começo do jogo, Braithwaite começou bem na sua posição de segundo atacante, tanto que o Grêmio conseguiu um gol no início do jogo.

Nosso goleiro Volpi entregou de bandeja o empate logo em seguida, como tem acontecido bastante.
O Grêmio segue sem muita evolução, no meio de campo perde muitas divididas.
E a defesa continua com muitas falhas.

O empate, mesmo não sendo uma derrota, não esconde os problemas evidentes (quase que crônicos) no Grêmio.
A sensação que dá é que parece que não adianta e que jogo após jogo, temos o mesmo repertório de erros.

As bolas longas ainda existem, não tem saída no Grêmio e as que tem são muito lentas e sem qualidade.
Pra que a bola chegue no meio de campo e consiga armar alguma jogada.

O torcedor segue se arrastando pra assistir o jogo!

O técnico Mano Menezes acumula empates e desempenhos apagados. A torcida, que mais uma vez fez seu papel na Arena, já demonstra sinais claros de cansaço. O futebol apresentado é engessado, previsível, sem criatividade — um ciclo que se repete rodada após rodada. O Grêmio virou especialista em empatar com gosto de derrota, com atuações que parecem saídas de um roteiro pronto: começa bem, erra atrás, desaparece no meio, se arrasta até o apito final.

Apesar da classificação garantida, o time não depende mais apenas de si para chegar diretamente às oitavas. Mais uma amostra de como a falta de planejamento e a insistência em velhas fórmulas nos levam ao mesmo lugar: o torcedor na arquibancada, descrente, olhando um futebol que insiste em não sair do lugar.

E como se tudo isso não bastasse, ainda fomos assaltados no fim do jogo: um pênalti claríssimo não marcado no último lance, escancarando a incompetência da arbitragem e deixando o torcedor com ainda mais motivos para se revoltar. Porque quando o futebol não ajuda, nem a justiça em campo colabora.

Rafaela Glavam - Educação Física PUCRS